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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Índios Guarani fecham rodovia Bandeirantes

26 de Setembro de 2013 - 10h36

Índios Guarani fecham rodovia Bandeirantes e convocam para ato



Índios guarani de aldeias localizadas na grande São Paulo fizeram uma manifestação pacífica na manhã desta quinta-feira (26) na Rodovia dos Bandeirantes, altura do quilômetro 20, em São Paulo (SP). Segundo a concessionária da rodovia, a Autoban, os indígenas bloquearam todas as pistas do sentido capital. No dia 2 de outubro, acontecerá um grande ato no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Todos estão convocados a defender os nossos povos originários.





Guerreiras guaranis em protesto na Rodovia BandeirantesFoto: Comissão Guarani Yvyrupa - CGY

Eles chamam a atenção da opinião pública para três questões. Uma é contra a PEC 215 em tramitação no Congresso Nacional, que pretende transferir para o Legislativo a decisão sobre demarcações de terras indígenas no país – hoje a competência é do Executivo. Segunda, para que o Ministério da Justiça assine as Portarias Declaratórias das Terras Indígenas Jaraguá e Tenondé Porã, localizadas respectivamente nas zonas oeste e sul da cidade de São Paulo. A assinatura é um dos passos necessários para a demarcação desses territórios, já reconhecidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). E, por fim, os guarani querem o fim das ações judiciais de reintegração de posse movidos pelo governo do Estado de São Paulo contra comunidades localizadas no Litoral Sul e na região do Vale do Ribeira, cujos territórios ancestrais se sobrepõem à área de parques estaduais.

A aldeia, que vive nas margens da rodovia, também pede o fim do genocídio indígena. De acordo com a Autoban, os manifestantes atearam fogo em pneus.

"Convocamos todos os movimentos sociais e todas as pessoas que são contra a devastação da natureza e são contra a concentração da riqueza do país nas mãos de pucos latifundiários", pedem os indígenas em um vídeo-manifesto. "Vamos às ruas nesse dia para mostrar que nesse país há espaço para todos", convocam os indígenas em guarani. Assista:




Mais informações sobre as reivindicações guarani aqui.

Da redação do Vermelho com Cimi

(atualizada às 12h42 em 26/9)



quinta-feira, 5 de maio de 2011


VENCEMOS EIKE BATISTA E A TERRA INDÍGENA PIAÇAGUERA É DOS INDÍGENAS
Piaçaguera finalmente está definitivamente preservada. Clique e veja nosso documento publicado no Diário Oficial:

http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=47&data=26/04/2011

Mas nossa luta não foi fácil, pois tivemos que lutar contra o 28º homem mais rico do mundo e seu poderoso Grupo LLX, e até contra fortes lideranças indígenas que chegaram no carro do Eike Bastista como: Azelene Kaigang e o Empresário Sr. José Salomão que junto com o Advogado indígena Ubiratã Wapichawa se deixaram ser contaminados pelo vírus da mentira e do dinheiro do poderoso Grupo LLX e tentaram nos persuadir a vender as terras.

Clique e assista detalhes da negociação assistindo dos minutos 2:00 ao 4:44: http://www.youtube.com/watch?v=cL-aN8MnqU0

Vejo que a medida que o tempo passa muitos dos nossos irmãos indígenas estão se juntando ao homem branco e nos atacando, e quando nós lideranças os cobramos, estes se defendem como Indio, mas quero lembrar que - Indio contra Indio eu não gosto não!.

Queremos aqui agradecer aos que junto conosco lutaram por esta grande conquista, no que tivemos ao nosso favor, juntamente com os Caciques, Pajés e Membros da Comunidade de Piaçaguera, a ONG Mongue do Plinio, a TV Rede Record e o nosso agente da FUNAI Cristiano Hutter, garantindo ao Povo Tupi-Guarani a posse permanente e o usufruto exclusivo das terras de Piaçaguera que tradicionalmente ocupam.

Ao longo de minha carreira artística descobri que, embora a maioria faça mesmo é por dinheiro, mas, o maior inimigo dos politicos e dos poderosos, e o que estes mais temem, é mesmo a pressão de ONGs internadcionais e a midia popular.

Cobrar do índio que vendam suas terras e que tenham uma mentalidade capitalista é pedir que destruam sua própria cultura!

Saiba mais sobre a vida e riquezas do Eike Batista e seu poderoso Grupo LLX: http://www.youtube.com/watch?v=oCiptuEA6ys

Carinhosamente – Cacique Tukumbó Dyeguaká Robson Miguel: http://www.youtube.com/watch?v=bnVuuqmnSjk

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CONSIDERANDO os termos dos pareceres da FUNAI, julgando improcedentes as contestações opostas à identificação e delimitação da terra indígena de Piaçaguera, resolve:
Nº 500 - Art. 1º Declarar de posse permanente do grupo indígena Guarani Nhandeva a Terra Indígena PIAÇAGUERA com superfície aproximada de 2.795 ha (dois mil setecentos e noventa e cinco hectares) e perímetro também aproximado de 38 km (trinta e oito quilômetros), assim delimitada: GLEBA A: Superfície: 643 hectares, aproximadamente, Perímetro: 14 km, aproximadamente. NORTE: partindo do Ponto 01, de coordenadas geográficas aproximadas 24º15'35"S e 46º56'35"WGr., localizado na faixa de domínio...

Clique aqui e Leia o texto no Diário Oficial

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

SANDRA TERENA JORNALISTA E DOCUMENTÁRISTA




Sandra Terena

“A comunicação é uma ferramenta muito importante para as comunidades indígenas e pode ajudar em reivindicações necessárias, sendo ainda aliada ao registro da própria cultura.”

Sandra Terena, filha de pai índio, nascida em Curitiba e descendente da Tribo Terena, do interior de São Paulo, sempre teve interesse pela temática indígena. Jornalista, fotógrafa e vice-presidente da Ong Aldeia Brasil, é uma das poucas indígenas do Sul do país a concluir uma pós-graduação. O título de especialista em Comunicação Audiovisual pela PUCPR foi conquistado em 2008. No Dia do Índio, Sandra fala sobre a cultura, as razões para comemorar e a comunicação como aliada ao desenvolvimento das tribos.

O que temos a comemorar?
No Brasil, a demarcação contínua da Reserva Raposa Serra do Sol foi uma grande conquista. Não só para os índios, mas para todos os brasileiros. A questão é bastante polêmica, mas ações como essas vão garantir o ar puro para os nossos filhos no dia de amanhã. O Estatuto do Índio está sendo reformulado com emendas sugeridas por lideranças indígenas de todo o país e vai garantir muitos direitos para o nosso povo. Em Curitiba, a Aldeia Kakané Porã, primeira aldeia indígena urbana do Sul, é uma conquista importante para a comunidade indígena e também para a cidade.

Como preservar a cultura indígena?
A cultura indígena, como qualquer outra, não está estanque, mas em constante transformação. Algumas pessoas acreditam que o índio anda nu ou com o corpo adornado por penas. Isso só existe nos livros e em algumas tribos isoladas. Usamos roupas típicas e cocar em ocasiões importantes. O idioma, o artesanato, os costumes, a relação com o meio ambiente devem ser preservados. A escola bilíngue – método de ensino que adota o idioma nativo e o português como segundo idioma – projetos de artesanato e conversas com os mais velhos, são formas para que isso seja possível.

Como a comunicação pode ajudar no desenvolvimento dos índios?
A comunicação é uma ferramenta muito importante para as comunidades indígenas e pode ajudar em reivindicações necessárias, sendo uma aliada no registro da cultura. Uma aldeia aqui do Paraná tem um projeto de rádio no idioma kaingangue, para manter a língua viva. Realizadores indígenas usam o vídeo e a fotografia para mostrar a sua cultura para a sociedade.
Sandra Terena Diretora do "Quebrando o Silêncio é um documentário baseado na linha do cinema verdade, que traz depoimentos reais de sobreviventes do infanticídio"
VEM SOMAR COM A GENTE, NA LUTA PARA DEMARCAÇÃO DA TERRA PIAÇAGUERA.


sábado, 25 de setembro de 2010

REVELANDO SÃO PAULO 2010




Aconteceu entre os dias 10 e 19 de setembro a 14ª edição do Revelando São Paulo – Festival da Cultura Paulista Tradicional (maior festa cultural do estado de São Paulo). O evento realizado pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Secretaria de Estado da Cultura com o apoio da Subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme e da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente fez um resgate da cultura paulistana bem como da miscigenação cultural que o estado recebeu até hoje, tendo amostras de todas as culturas do cerrado paulista, aldeias indígenas, ribeirinhos, caiçaras e toda a costa paulista, buscando mostrar a herança e a identidade cultural oriundas de 200 municípios do estado.

Cerca de 90 estandes de culinária, 160 de artesanato, rancho tropeiro, brincadeiras de todos os tempos, corrida de cavalhada, e, aproximadamente 300 grupos das mais variadas manifestações artísticas, apresentaram-se nos dez dias do evento. O festival permitiu ao público apreciar folias de reis e do divino, cortejo de bonecões, orquestras de viola, violeiros e sanfoneiros, grupos de catira, fandangos e cururus, congos e moçambiques, serestas e noites dos tambores, dança cigana e quadrilhas, além de manifestações cosmopolitas.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DANÇA E CANTOS INDÍGENAS



Sexta-feira - 16 de Abril de 2010 às 17:03
Abril Indígena terá diversas atividades até a próxima sexta
Guarulhos está realizando uma semana de atividades do programa Abril Indígena lançado este ano. Com o objetivo de resgatar a cultura dos primeiros habitantes da cidade, a iniciativa prevê a realização de oficinas, palestras, filmes, saraus, exposições, apresentações de dança, entre outras atividades. Organizadas pelo Grupo de Trabalho Indígena, conhecido como GT, as ações acontecem de sexta (16) até o dia 23.

Nesta sexta, sábado e domingo, dias 16, 17 e 18, os indígenas estarão no Shopping Internacional de Guarulhos para fazer exposição e comercialização de artesanatos e apresentação de danças típicas.

Na segunda-feira (19), às 10 horas, no Paço Municipal, os representantes das tribos entregarão ao poder público uma maquete com o projeto de criação do espaço cultural “Filhos desta Terra”, destinado ao desenvolvimento de atividades indígenas. No período da tarde, no Adamastor, acontece a abertura da primeira semana indígena da educação. Das 14 às 17 horas será realizada uma palestra e apresentações de dança.

Na terça-feira (20), acontecem as oficinas e contos indígenas no Adamastor, das 16 às 19 horas. Na quinta-feira (22), das 9 às 12 horas, no mesmo local, acontece a apresentação da linha do tempo que resgata a história dos indígenas de Guarulhos e, das 14 às 17 horas, será realizada a palestra “Educação Escolar Indígena”.

Na sexta-feira (23), 14 às 17 horas, será exibido e debatido o documentário “Cineastas indígenas - Um outro olhar”. Das 19 às 22 horas, serão realizadas apresentações de dança, música e poesia, além de sarau, contação de história e apresentação do coral Educanção. No hall do salão de artes do Adamastor acontecerá sarau com exposição e comercialização de artesanato indígena.

Serviço:

O Adamastor Centro fica na avenida Monteiro Lobato, 734, Macedo, Guarulhos.

domingo, 19 de setembro de 2010

Exposição de artesanato indígena acontece no Jd. Tranquilidade


As mulheres que quiserem investir em um visual exclusivo para o fim de semana não podem perder a feira de pulseiras, colares e brincos confeccionados por indígenas em Guarulhos. A exposição acontece até sexta-feira (27), das 10 às 16 horas, na agência do Banco do Brasil, no Jardim Tranquilidade.



Mais de duas mil peças artesanais de sementes de pau-brasil, açaí, coco e de outras 20 espécies estão em exposição, e os preços variam de R$ 5 a R$ 40 reais. Os produtos, confeccionados pela cooperativa Arte Nativa, tem detalhes criativos, delicados e exclusivos.



Além das bijuterias, a feira ainda tem tiaras de fibras de cipó trançadas, pentes, prendedores de cabelo com semente de coco, porta-moeda, flautas de madeira, enfeites, lanças, arcos, brincos com penas de papagaio e ganso, tacape, zarabatana, cachimbos e um filtro dos sonhos, que, segundo a crença dos antepassados indígenas, protege contra pesadelos, tem poder curativo e filtra as energias negativas.



O índio tupi-guarani, Awa Kuaray Wera, que vive há seis anos em Guarulhos, explicou que muitas peças representam a espiritualidade dos índios. “Acreditamos que o cachimbo é um instrumento sagrado que serve para conversar e ter contato com o deus das tribos”. Segundo ele, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), gestora do sistema de saúde indígena, já reconheceu a existência de mais de 300 índios na cidade.



A iniciativa faz parte uma parceria entre o programa de inclusão produtiva da Secretaria de Assistência Social e Cidadania e o Banco do Brasil para promover o desenvolvimento sustentável. Segundo o secretário de Assistência, Wagner Osokawa, em breve as cooperativas vão expor seus trabalhos em outras agências do banco. “Ainda nesta semana teremos reuniões para expandir o programa e ampliar a inclusão produtiva”, ressaltou.



Artesanato para todos os gostos



A cooperativa CoopTape também está participando da feira com diversas novidades. Uma delas é um jogo americano confeccionado no tear com sacolinhas de supermercado. Outra é uma bolsa feita de fitas de vídeo. As peças são uma ótima alternativa para gerar renda a partir do reaproveitamento de materiais.



Os produtos são diversificados. Entre eles: tapetes, panos de prato com detalhes em crochê, ponto-cruz e bordado, caminhos de mesa, blusas de lã, saídas de praia, blusas infantis e cachecóis.

Indígenas querem “Terra Sagrada” para preservação da cultura


Nesta segunda-feira (19), data em que se comemora o Dia do Índio, representantes das etnias tupi-guarani, wassu cocal, paraguaçu, patachó, pankararé e pankararu entregaram ao prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida, uma maquete para criação do espaço “Terra Sagrada”, centro cultural destinado à preservação da cultura indígena.

A iniciativa faz parte da programação do “Abril Indígena”, projeto realizado pela primeira vez na cidade para promover exposições, saraus, exibição de documentários, comercialização de artesanatos, apresentação de dança, entre outras atividades, que serão realizadas até sexta-feira (23).

Para o representante da etnia tupi-guarani, Gilberto Awa, essa data não deve ser de comemoração, mas de reflexão. “O momento não é de alegria, mas de tristeza, porque nossa história só está em livros; nós queremos ter um local para dançar, para falar a nossa língua, fazer palestras, ensinar artesanato e transmitir a cultura para nossos filhos”, declarou.

De acordo com o prefeito, Sebastião Almeida, os indígenas vivem o dilema da falta de terra nos centros urbanos. “Guarulhos não pode ganhar um nome indígena e perder a sua origem. Apesar de ter pouco espaço público disponível na cidade, a reivindicação será olhada com sensibilidade, porque isso é mais do que justo”, assegurou.

O secretário de Assistência Social e Cidadania, Wagner Hosokawa, afirmou que “a apresentação da maquete ‘Terra Sagrada’ é um marco na luta pela conquista dos direitos dos povos indígenas, previstos na Constituição de 1988, pois o reconhecimento da identidade dos povos indígenas é fundamental”.

Segundo a coordenadora da CIR (Coordenadoria da Igualdade Racial), Edna Roland, é necessário contribuir para o avanço das políticas indígenas. “Essa semana é especialmente importante; o momento é apropriado para devolver aos povos indígenas, ainda que simbolicamente, parte do território que lhes foi tomado”.

ÍNDIO GILBERTO DA ANISP MORADOR EM GUARULHOS

WebTV - Guarulhos realizou Semana Indígena de Educação